terça-feira, 9 de abril de 2013

Precisamos de uma Thatcher


Este blog se calou propositalmente com a morte de Hugo Chávez, aprendiz de ditador cujo legado político merece desprezo por parte daqueles que defendem a liberdade de expressão e vários outros princípios basilares do Estado democrático de direito. No entanto, não pode deixar de comentar a morte da Margaret Thatcher, líder que comandou uma agenda neoliberal - quase revolucionária- na condução da economia britânica durante os anos oitenta e influenciou fortemente vários governos ao redor do mundo, incluindo o nosso próprio, nos anos 90. FHC nega, mas a semelhança não é mera coincidência.

Thatcher modernizou a Grã-Bretanha com as privatizações, desregulamentação, reforma do serviço público e das universidades, além de outras contribuições. Assim, o Estado foi reduzido para cumprir de maneira adequada seu papel na sociedade: prover com qualidade os serviços de saúde e educação. Enfrentou os fortes sindicatos britânicos, que debilitavam a economia nacional, e introduziu a meritocracia e o controle por resultados na administração pública.

Enfim, realizou, com sucesso, muitas reformas que até hoje não foram revertidas- nem mesmo por seus opositores ideológicos que a sucederam alguns anos após sua saída do poder.

Dilma, Aécio ou Campos em 2014?

Precisamos mesmo é de uma Thatcher!

6 comentários:

  1. Concordo em partes com o chefe, pois embora com reformas estruturantes no governo rumo ao liberalismo econômico a Sr. Thatcher não fez outras reformas necessárias para o liberalismo político e social. Se não me falha a memória o liberalismo repousa nos direitos humanos estabelecidos nos Estados Unidos e na França culminando com a declaração dos direitos humanos. Desta forma, um liberal deve partir desses direitos para compor um contrato social onde seja aceito um trade-off entre a perda de direitos mas os ganhos de um regime mais livre, mas que não é a democracia no termo mais restrito da palavra. Concluo indicando que ela fez um parte de uma grande reforma que está em processo na Inglaterra e que influenciou muito o mundo de forma errônea, principalmente aqui no Brasil, onde a ideia de liberalismo foi confundida com vender tudo hoje e agora, sem fazer as bases legais e estruturantes para isso, afinal essas leis de concessões e de contratos brasileiras são uma piada...

    ResponderExcluir
  2. Finalmente, alguém comentou um post. Comentem nem que seja para criticar. Eu aceito.

    Gildemir, só não entendi o que você quis dizer com outras reformas não conduzidas pela Dama de Ferro no contexto nacional. Quais teriam sido?

    ResponderExcluir
  3. Todo mundo sabe que o maior problema no brasil de sair privatizando tudo é o que vai acontecer com o dinheiro! No Brasil esse bem é mais volátil que o álcool!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Jedidias, obrigado pela contribuição, mas não esqueçamos que as estatais já são alvo dos corruptos do setor público que as utilizam de acordo com seus interesses. No fim, as estatais servem para financiar campanha de partidos políticos e encher o bolso dos corruptos. Precisamos de mais privatizações. Aeroportos, portos e quase tudo que envolve atuação empresarial do Estado

      Excluir
    2. Acredito que a grande vantagem da privatização é ela em si, no sentido que o dinheiro auferido via privatização é o que menos importa.O objetivo final ao meu ver é diminuir a influência do estado na economia, substituir o mecanismo de incentivos publico dos gerentes destas empresas pelo mecanismo privado. O que é importante salientar, ainda não conseguimos com a Vale por exemplo, o modo que o Agnelli saiu foi absurdo.

      Excluir