As
privatizações foram um inegável sucesso. Telefonia é o melhor exemplo. Hoje,
quase todos os brasileiros têm acesso ao serviço. Temos mais linhas ativas de
celulares que habitantes. Difícil de acreditar que isso teria acontecido no
modelo anterior de monopólio estatal, quando era necessário esperar 2 anos para
ter um linha de telefone, que ainda custava uma fortuna. Nem tudo é uma
maravilha atualmente. De fato, conseguir uma ligação em determinados horários
se tornou uma aventura. Ainda temos muito progresso a realizar no âmbito
regulatório e institucional para garantir expansão do serviço com um mínimo de
qualidade. Mas vamos concordar que, em uma perspectiva histórica, a
privatização no setor melhorou muito o acesso a produtos e serviços, especialmente
para o mais pobres. Sim, privatização é
também uma política social.
No
entanto, apesar deste e de outros tantos exemplos positivos, a esquerda
brasileira conseguiu com sucesso demonizar as privatizações. É coisa de
neoliberal – outra palavra demonizada. Políticos, mesmo aqueles ligados ao
partido de FHC, cujo governo conduziu várias desestatizações, fogem do assunto.
Acreditava,
portanto, que não havia esperança. Nós, pobres liberais, perdemos a guerra do
discurso e do convencimento. Será que a sociedade está condenada à falácia
esquerdista? Pesquisa recente do Latinobarómetro (ver link) mostra esperança: 44%
dos brasileiros acreditam nos benefícios da privatização. A maioria (56%) ainda
é descrente, mas, ainda sim, 44% é um número muito superior ao que eu poderia
antecipar.
Privatização, abrace esta causa!
OBS: Privataria?
Ok ,se houve corrupção, que os culpados sejam punidos, mas daí a negar os
benefícios econômicos da privatização é puro marketing eleitoral ou ignorância.
Em
tempo: O Chile, onde quase tudo é privado, é o país com maior renda
per capita da América Latina (acima de US$21000, quando medido em PPP) e o maior IDH. Desigualdade é alta, mas who cares?
Vejam IDH (0.819). Espero que Bachelet, futura presidente do Chile, não cumpra
todas as suas promessas populistas de campanha e mantenha o Chile na sua trajetória
de prosperidade. Caso contrário, o único caso de sucesso da América Latina vai começar sair dos trilhos.