Desconfie das
políticas de criação de empregos. São amplamente divulgadas pelos políticos e
imprensa, mas fazem parte da (intelectualmente desprovida) ideologia do
dirigismo econômico, que prega que o estado deve ser o ator principal na
geração de desenvolvimento. Um bom
exemplo são as políticas protecionistas, que visam manter ou expandir o emprego.
No final, como discutido anteriormente neste BLOG , geram apenas ineficiência,
inflação e perda de emprego em nível agregado.
Políticas de subsídios (com s e não com z), sejam de abrangência regional (concedidos pelos
estados) ou nacional (concedidos pelo BNDES), também não ajudam. Beneficiam
alguns empresários e trabalhadores às custas do resto da população. O Estado, portanto, não deve conduzir
políticas que tenham como objetivo criar empregos no curto ou no médio prazo. Deve sim criar um ambiente
favorável à criação e expansão da iniciativa privada através de reformas macroeconômicas,
já citadas no post anterior, e microeconômicas como a garantia efetiva do
direito de propriedade e dos contratos. Ao se depararem com segurança jurídica
de contratos, capitalistas (empresários e poupadores como você) e
empreendedores investem mais, inovam mais
e , conseqüentemente, contratam
mais. Este cenário, sim, é mais favorável criação de Jobs, como o Steve que
acabou de falecer.
No Brasil, apesar de avanços recentes (privatização de aeroportos), ainda estamos longe de compreender este efeito schumpetariano, como conhecido na literatura econômica. Basta observar o recente aumento de IPI para carros importados. No entanto, Obama, com seu Jobs Act, sinaliza que nem mesmo no país da Apple a mensagem de Schumpeter foi completamente absorvida.
No Brasil, apesar de avanços recentes (privatização de aeroportos), ainda estamos longe de compreender este efeito schumpetariano, como conhecido na literatura econômica. Basta observar o recente aumento de IPI para carros importados. No entanto, Obama, com seu Jobs Act, sinaliza que nem mesmo no país da Apple a mensagem de Schumpeter foi completamente absorvida.
Muito interessantes os textos que postou aqui, quando tiver tempo irei ler todos.
ResponderExcluirEm relação à questão de Nacionalização vs Privatização eu tendo a ter uma ideologia mais de esquerda mas no entanto avalio cada situação imparcialmente. Os casos que estou mais familiarizado são em Portugal, onde recentemente o ministro das finanças ( Milton Friedman lover) decidiu por uma série de privatizações a preço de saldo, que não estavam previstas no plano de austeridade da Troika. Exemplos disto são a privatização da TAP, EDP,REN,CTT,ANA,EDP, etc. Estas empresas ao darem os seus lucros para o estado estão no fundo a melhorar a vida de todos e não apenas dos seu acionistas, logo na minha humilde avaliação voto contra a privatização, sinto que estou a perder algo que enriquecia diretamente o estado, e não vejo como estas empresas iram ser melhor optimizadas se passarem para privados. Além disto muitas destas empresas são monopólios naturais, como é o caso dos CTT(correios) que presta ainda grande serviço público. Para formar a minha opinião sobre a privatização dos CTT efetuei a seguinte lógica: Se o objetivo dos privados é o o lucro máximo o que irá acontecer a postos de correio no interior do país que apesar de necessários dão prejuízo? Irão ser extintos ou irão manter-se devido a parcerias público privadas ruinosas para o estado; Porque razão uma empresa que dá milhões de lucros ao estado, que são em parte usados para recapitalizar , novos investimentos e podem ainda ser usados em prol de todos devem passar para os privados? Não sei ainda a resposta mas talvez seja devido a interesses e à procura rápida de liquidez para saldar dividas do estado.
Os melhores cumprimentos
Obrigado pelo comentário. Temo não abordar todos os seus pontos. Friedman Lover para mim é um elogio, não uma crítica. Lucros privados não devem ser demonizados. A busca pelo lucro estimula agentes a produzir mais, investir mais, estudar mais, etc. Do que adianta estado arrecadar lucros de forma ineficiente, com técnicas de gestão ultrapassadas,utilização das estatais para fins políticos e sem capacidade de expandir a produção (acesso). Uma empresa privada pode gerar valor muito maior para a sociedade com maior agilidade administrativa e maiores investimentos. Quanto aos monopólios naturais como o caso dos correios, é possível privatizar e limitar o estado à regulação, como ocorreu no Brasil em outros setores.
ResponderExcluirUma das causas dos problemas europeus é justamente a falta de eficiência das economias, à exceção da Alemanha.
Att,
Sergio Aquino