O governo dá alguns sinais do rompimento da inércia verificada até o momento e demonstra que, quando o governo deseja, as reformas tão
necessárias ao desenvolvimento do país passam no congresso com surpreendente
facilidade. Refiro-me à recém aprovada reforma da previdência do funcionalismo
público, que diminuirá as distorções atuais de um sistema que permite que poucos
beneficiários (servidores) sejam responsáveis por déficit superior àquele
encontrado no regime geral, onde se incluem todos os outros trabalhadores
brasileiros. A nova forma de contribuição praticamente iguala o servidor
público ao trabalhador comum, como não poderia deixar de ser. Por que a sociedade
deve subsidiar, como o faz atualmente via orçamento, benefícios generosos para
um determinado grupo? Não devemos esquecer que servidores públicos
já possuem outros benefícios questionáveis, como estabilidade e salários relativamente
altos (em alguns casos). Celebremos então a reforma. No entanto, ainda há muito
pela frente. Pena que o governo não utilize todo este poder em seu primeiro
mandato para aprovar tantas outras reformas importantes para o país já citadas
anteriormente no Blog. Enquanto isso, devemos nos iludir com a enganosa estatística
do PIB brasileiro, que faz muitos acreditarem que o Brasil é mais rico que o
Reino Unido.
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